Para parte dos professores e técnicos de futebol, crianças não passam de estatísticas: quantidade de gols feitos, número de desarmes executados no tempo jogado, quantidade de jogos, títulos conquistados, enfim, do desempenho.
“Treinadores” costumam inscrever equipes de crianças de 05 a 10 anos em campeonatos oficiais (liga e federações regionais) e, assim, terem a oportunidade de demonstrar o “profissionalismo da comissão técnica”, promoverem-se e angariar mais alunos através dos resultados. Vale ressaltar – principalmente aos pais que aceitam tal quadro - que as competições atreladas apenas às vitórias enobrecem técnicos e paralisam as crianças em longos momentos de espera no banco de reserva. Oponho-me a esse tipo de pratica, e algumas cenas e atitudes grotescas durante a disputa de jogos (campeonatos e torneios) causa-me indignação ao constatar a fragilidade pedagógica de alguns professores e técnicos (direito adquirido pelo CREF).
O olhar míope dos responsáveis compromete o cenário e, por extensão, as crianças que chegam à escola de futebol ou de futsal trazendo consigo toda uma história de vida formada a partir das experiências sociais, culturais, afetivas, intelectuais, sensíveis e motoras.
Em se tratando de experiências motoras que é um conhecimento de interesse para o esporte, essas são construídas e afirmadas nas relações da criança com o seu próprio corpo, com o corpo de outra e com objetos.
Quando não se valoriza a formação cultural de uma criança, descarta-se uma série de brincadeiras. Entre os meninos, invariavelmente, têm as brincadeiras de bola. Seria muita pretensão de professores e treinadores acreditar que a criança ao entrar em uma escolinha não tem conhecimento de jogar bola com os pés e que ensinarão tudo a ela. Petulância maior seria desprezar a cultura motora infantil: quantos de nós aprendemos a fintar (demarcar) jogando pega-pega, ou a passar a bola jogando bobinho? Os componentes lúdicos presentes nas atividades conhecidas e as intervenções dos professores servem de ponte para as crianças construírem novos conhecimentos. Caso contrário, pode-se ficar na pratica pela pratica e não diferenciar o que se fazia fora do que se faz dentro da escola.
As crianças podem iniciar no futebol – campo ou salão – bem cedo, porém devem ser poupadas da competitividade excessiva e estimulada a encontros amistosos e festivais com oportunidade de jogos para todas, privando-as do vigor crivo de boa parte dos adultos ( pais, tios, avós e técnicos).
O esporte na infância é sempre educacional não importa se realizado em clube ou escola. Trata-se de auto-rendimento, não alto-rendimento. Ser educacional implica em ser ético e responsável, buscando excelência e excluindo idiossincrasias de professores mal preparados.
Flávio Fernandes Rodrigues ( Pupo )
Profissional de Educação Física
“Treinadores” costumam inscrever equipes de crianças de 05 a 10 anos em campeonatos oficiais (liga e federações regionais) e, assim, terem a oportunidade de demonstrar o “profissionalismo da comissão técnica”, promoverem-se e angariar mais alunos através dos resultados. Vale ressaltar – principalmente aos pais que aceitam tal quadro - que as competições atreladas apenas às vitórias enobrecem técnicos e paralisam as crianças em longos momentos de espera no banco de reserva. Oponho-me a esse tipo de pratica, e algumas cenas e atitudes grotescas durante a disputa de jogos (campeonatos e torneios) causa-me indignação ao constatar a fragilidade pedagógica de alguns professores e técnicos (direito adquirido pelo CREF).
O olhar míope dos responsáveis compromete o cenário e, por extensão, as crianças que chegam à escola de futebol ou de futsal trazendo consigo toda uma história de vida formada a partir das experiências sociais, culturais, afetivas, intelectuais, sensíveis e motoras.
Em se tratando de experiências motoras que é um conhecimento de interesse para o esporte, essas são construídas e afirmadas nas relações da criança com o seu próprio corpo, com o corpo de outra e com objetos.
Quando não se valoriza a formação cultural de uma criança, descarta-se uma série de brincadeiras. Entre os meninos, invariavelmente, têm as brincadeiras de bola. Seria muita pretensão de professores e treinadores acreditar que a criança ao entrar em uma escolinha não tem conhecimento de jogar bola com os pés e que ensinarão tudo a ela. Petulância maior seria desprezar a cultura motora infantil: quantos de nós aprendemos a fintar (demarcar) jogando pega-pega, ou a passar a bola jogando bobinho? Os componentes lúdicos presentes nas atividades conhecidas e as intervenções dos professores servem de ponte para as crianças construírem novos conhecimentos. Caso contrário, pode-se ficar na pratica pela pratica e não diferenciar o que se fazia fora do que se faz dentro da escola.
As crianças podem iniciar no futebol – campo ou salão – bem cedo, porém devem ser poupadas da competitividade excessiva e estimulada a encontros amistosos e festivais com oportunidade de jogos para todas, privando-as do vigor crivo de boa parte dos adultos ( pais, tios, avós e técnicos).
O esporte na infância é sempre educacional não importa se realizado em clube ou escola. Trata-se de auto-rendimento, não alto-rendimento. Ser educacional implica em ser ético e responsável, buscando excelência e excluindo idiossincrasias de professores mal preparados.
Flávio Fernandes Rodrigues ( Pupo )
Profissional de Educação Física
12 comentários:
Prezado Flávio Fernandes (PUPO)
Já o conheço de longa data, e sei, sem sombra de dúvida que você é um profissional sério e competente naquilo que se propõe a fazer!O seu trabalho social, só vem a somar a fantástica pessoa que você representa. Parabéns ao sucesso merecido.
Edson Arantes do Nascimento Filho (Edinho)
Pupo querido, esse seu texto só fez reforçar a imagem da pessoa especial que vc é. As pessoas são mais que máquinas e nem todos respeitam o ser humano como vc. Amei ter acompanhado todo o trabalho seu junto a equipe brasileira que foi disputar a Copa do Mundo de Futebol de Rua neste ano. Adorava assistir os treinos, tirar fotos e ver a forma como conduzia cada etapa, trazendo elementos novos para o treino (tábua de madeira, mochila... rsrs coisas que eu nunca imaginaria!). Vamos torcer para que esses meninos tenham o futuro que sonhamos para eles. beijão e pode anotar aí que sou sua fã.
Pupo, parabéns, com este trabalho quem sabe vc consegue atingir pessoas desacretitadas na vida, que não tinha valores a preservar, que faltava um "pai" para dar força, muitas criança concerteza te admira e tem em vc um ídolo ou uma pessoa a copiar. Isto tudo faz bem pra voce e principalmente para a sociedade, que precisa estimalar as crianças para progredir no bem. Deus Abençoe.
E ai Pupo
Parabens pela iniciativa e o texto esta muito bom....fico feliz por vc esta crescendo a cada dia que passa...
Abraco
David
oi pupo passei por aki...adorei o blog show de bola...espero k vc continue firme ai nos seus objetivos...q venha 2009 maravilhoso pra ti..bjus
michele cristina
fala grande PUPO
Começo dizendo que fic muito feliz de ver seu sucesso e empenho numa ação espetacular como essa ...
depois de te carregar na faculdade, passar muitas colas e colocar seu nome nos trabalhos hahahah brincadeira, fico feliz de ter participado dessa sua evolução ..
continue evoluindo, com FÉ em DEUS tudo vai dar certo ...
um grande abraço e conte comigo sempre que precisar
Olá Pupo! Sempre te admirei como jogador desde os tempos de Paulistano. Rapaz humilde e de chute forte. Mais uma vez quero lhe dar os parabéns pela iniciativa e acima de tudo por acreditar nas pessoas menos favorecidas. Seu projeto é digno de pessoas do bem e você é uma dessas! Continue assim, humilde, profissional e nunca desista de seus objetivos.
Um grande abraço
Rodrigo Rezende
oi pupo é eu di novo a tia chata que fica mandando recado toda hora, mais eu queria que vc soubece que eu e minha familia só temos a te agradecer de ter cuidado e dado essa opotunidade para o diego muito obigado. e desculpe po qualquer coisa que ele possa ter feito ou que não conseguiu fazer fica com DEUS obrigaduuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Pupo, estou acompanhando involuntariamente este trabalho que vc desenvolve e entendi o verdadeiro sentido deste projeto.Reconheço através do seu trabalho maravilhoso que projetos socias são capazes de cumprir o seu papel sim! É incontestável seu profissionalismo e sensibilidade nesta ação. Parabéns amigo que Deus te abençõe sempre por isso. Cláudia Drago
Oi PUPO, parabens pelo belo trabalho, desejo que continue por muitos e muitos anos. UM FELIZ ANO NOVO. forte abraco Jose Carlos/England.
Olá Pupo, puxa fiquei impressionada, é muito bom poder trabalhar ao lado de alguem com quem podemos aprender....parabéns, e muito mais sucesso pra vc.
Abç
Lúcia Lopes
Oi Pupo estou fazendo uma materia na minha coluna "A importancia do esporte na vida das crianças" e passei pelo blog show e achei muito importante o seu trabalho gostaria que vc pudesse com sua experiencia passar uma dicas principalmente para os pais que muitos não dão muito importancia no esporte na infancia proporcionando uma vida totalmente sedentaria ao seus filhos.Toda criança ativa estará criando habitos saudaveis e com certeza desenvolvera atitudes de uma boa educação, disciplina respeito pelos companheiros e muito mais beneficios que você já tem como experiencia...Gostaria muito de coloboração Email pharmanathusmatriz@hotmail.com e meu nome Rosivan Sardinha Soares
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