O futebol é muito mais que um esporte, ou mesmo um modo de vida: é uma metáfora da nova ordem mundial com toda a sua complexidade.
sábado, 20 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
A infância e o Futebol
Para parte dos professores e técnicos de futebol, crianças não passam de estatísticas: quantidade de gols feitos, número de desarmes executados no tempo jogado, quantidade de jogos, títulos conquistados, enfim, do desempenho.
“Treinadores” costumam inscrever equipes de crianças de 05 a 10 anos em campeonatos oficiais (liga e federações regionais) e, assim, terem a oportunidade de demonstrar o “profissionalismo da comissão técnica”, promoverem-se e angariar mais alunos através dos resultados. Vale ressaltar – principalmente aos pais que aceitam tal quadro - que as competições atreladas apenas às vitórias enobrecem técnicos e paralisam as crianças em longos momentos de espera no banco de reserva. Oponho-me a esse tipo de pratica, e algumas cenas e atitudes grotescas durante a disputa de jogos (campeonatos e torneios) causa-me indignação ao constatar a fragilidade pedagógica de alguns professores e técnicos (direito adquirido pelo CREF).
O olhar míope dos responsáveis compromete o cenário e, por extensão, as crianças que chegam à escola de futebol ou de futsal trazendo consigo toda uma história de vida formada a partir das experiências sociais, culturais, afetivas, intelectuais, sensíveis e motoras.
Em se tratando de experiências motoras que é um conhecimento de interesse para o esporte, essas são construídas e afirmadas nas relações da criança com o seu próprio corpo, com o corpo de outra e com objetos.
Quando não se valoriza a formação cultural de uma criança, descarta-se uma série de brincadeiras. Entre os meninos, invariavelmente, têm as brincadeiras de bola. Seria muita pretensão de professores e treinadores acreditar que a criança ao entrar em uma escolinha não tem conhecimento de jogar bola com os pés e que ensinarão tudo a ela. Petulância maior seria desprezar a cultura motora infantil: quantos de nós aprendemos a fintar (demarcar) jogando pega-pega, ou a passar a bola jogando bobinho? Os componentes lúdicos presentes nas atividades conhecidas e as intervenções dos professores servem de ponte para as crianças construírem novos conhecimentos. Caso contrário, pode-se ficar na pratica pela pratica e não diferenciar o que se fazia fora do que se faz dentro da escola.
As crianças podem iniciar no futebol – campo ou salão – bem cedo, porém devem ser poupadas da competitividade excessiva e estimulada a encontros amistosos e festivais com oportunidade de jogos para todas, privando-as do vigor crivo de boa parte dos adultos ( pais, tios, avós e técnicos).
O esporte na infância é sempre educacional não importa se realizado em clube ou escola. Trata-se de auto-rendimento, não alto-rendimento. Ser educacional implica em ser ético e responsável, buscando excelência e excluindo idiossincrasias de professores mal preparados.
Flávio Fernandes Rodrigues ( Pupo )
Profissional de Educação Física
“Treinadores” costumam inscrever equipes de crianças de 05 a 10 anos em campeonatos oficiais (liga e federações regionais) e, assim, terem a oportunidade de demonstrar o “profissionalismo da comissão técnica”, promoverem-se e angariar mais alunos através dos resultados. Vale ressaltar – principalmente aos pais que aceitam tal quadro - que as competições atreladas apenas às vitórias enobrecem técnicos e paralisam as crianças em longos momentos de espera no banco de reserva. Oponho-me a esse tipo de pratica, e algumas cenas e atitudes grotescas durante a disputa de jogos (campeonatos e torneios) causa-me indignação ao constatar a fragilidade pedagógica de alguns professores e técnicos (direito adquirido pelo CREF).
O olhar míope dos responsáveis compromete o cenário e, por extensão, as crianças que chegam à escola de futebol ou de futsal trazendo consigo toda uma história de vida formada a partir das experiências sociais, culturais, afetivas, intelectuais, sensíveis e motoras.
Em se tratando de experiências motoras que é um conhecimento de interesse para o esporte, essas são construídas e afirmadas nas relações da criança com o seu próprio corpo, com o corpo de outra e com objetos.
Quando não se valoriza a formação cultural de uma criança, descarta-se uma série de brincadeiras. Entre os meninos, invariavelmente, têm as brincadeiras de bola. Seria muita pretensão de professores e treinadores acreditar que a criança ao entrar em uma escolinha não tem conhecimento de jogar bola com os pés e que ensinarão tudo a ela. Petulância maior seria desprezar a cultura motora infantil: quantos de nós aprendemos a fintar (demarcar) jogando pega-pega, ou a passar a bola jogando bobinho? Os componentes lúdicos presentes nas atividades conhecidas e as intervenções dos professores servem de ponte para as crianças construírem novos conhecimentos. Caso contrário, pode-se ficar na pratica pela pratica e não diferenciar o que se fazia fora do que se faz dentro da escola.
As crianças podem iniciar no futebol – campo ou salão – bem cedo, porém devem ser poupadas da competitividade excessiva e estimulada a encontros amistosos e festivais com oportunidade de jogos para todas, privando-as do vigor crivo de boa parte dos adultos ( pais, tios, avós e técnicos).
O esporte na infância é sempre educacional não importa se realizado em clube ou escola. Trata-se de auto-rendimento, não alto-rendimento. Ser educacional implica em ser ético e responsável, buscando excelência e excluindo idiossincrasias de professores mal preparados.
Flávio Fernandes Rodrigues ( Pupo )
Profissional de Educação Física
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Brasil, São Paulo, nossa “casa”
Um balanço Copa do Mundo de Futebol de Rua 2008:
- Vencemos a Ucrânia, devolvendo a derrota da estréia e garantindo o sétimo lugar geral, entre os 45 participantes do torneio masculino (lembro que três países "faltaram" e outros oito participaram com equipes femininas, em torneio paralelo);- Vencemos a final o Afeganistão em jogo bastante disputado com a Rússia (5x4) e, apesar de inexpressivo no futebol profissional - penso que mal deve existir -, os afegãos apresentaram um futebol forte e de grande qualidade;
- Depois do sucesso da Michele em 2007, o Carlinhos, nosso camisa 10, foi considerado o melhor jogador do torneio 2008 e, novamente, recebemos com orgulho essa taça.
- Reforço e parabenizo todos os garotos pela postura dentro e fora do campo. Jogaram bonito e encantaram organizadores, torcedores, árbitros e mesmo adversários. É intrigante ver o assédio a nossos jogadores para entrevistas, fotos, autógrafos, presentes, beijos e abraços. Em diversos momentos parávamos sem entender o que se passava e, ingenuamente, nos perguntávamos se pessoas inadvertidas pensavam que se tratavam de “jogadores de verdade". Enfim, algo a se pensar e trabalhar os impactos que isso pode ter dentro e fora do campo.
- Mais uma vez, parabenizo a organização do evento que honrou toda a credibilidade que o evento ganhou nos últimos 6 anos.
Valeu!!! Uma linda campanha: 13 jogos, 10 vitórias, 98 gols marcados e 39 sofridos e um grupo contente.
Sucesso a todos!
- Vencemos a Ucrânia, devolvendo a derrota da estréia e garantindo o sétimo lugar geral, entre os 45 participantes do torneio masculino (lembro que três países "faltaram" e outros oito participaram com equipes femininas, em torneio paralelo);- Vencemos a final o Afeganistão em jogo bastante disputado com a Rússia (5x4) e, apesar de inexpressivo no futebol profissional - penso que mal deve existir -, os afegãos apresentaram um futebol forte e de grande qualidade;
- Depois do sucesso da Michele em 2007, o Carlinhos, nosso camisa 10, foi considerado o melhor jogador do torneio 2008 e, novamente, recebemos com orgulho essa taça.
- Reforço e parabenizo todos os garotos pela postura dentro e fora do campo. Jogaram bonito e encantaram organizadores, torcedores, árbitros e mesmo adversários. É intrigante ver o assédio a nossos jogadores para entrevistas, fotos, autógrafos, presentes, beijos e abraços. Em diversos momentos parávamos sem entender o que se passava e, ingenuamente, nos perguntávamos se pessoas inadvertidas pensavam que se tratavam de “jogadores de verdade". Enfim, algo a se pensar e trabalhar os impactos que isso pode ter dentro e fora do campo.
- Mais uma vez, parabenizo a organização do evento que honrou toda a credibilidade que o evento ganhou nos últimos 6 anos.
Valeu!!! Uma linda campanha: 13 jogos, 10 vitórias, 98 gols marcados e 39 sofridos e um grupo contente.
Sucesso a todos!
domingo, 7 de dezembro de 2008
Caímos nas quartas!!!
Uma partida trágica: uma forte chuva de 30s imediatamente antes da partida. Escorregões e a contusão do goleiro Diego e quatro gols sofridos no primeiro tempo. Bravamente, o time buscou o resultado, tirou a diferença, mas acabou derrotado por 5x4.
Apesar da tristeza enorme de ter perdido para um time inferior tecnicamente e aquele sentimento de que dava para ir adiante, a equipe assimilou a derrota e ergueu a cabeça, sabendo que cumpriu muito bem seu papel chegando às finais pela primeira vez desde 2003, que trouxe alegria à Austrália e que trará muita coisa boa ne volta ao Brasil.
Hoje, disputamos a última partida contra a Ucrânia e o nosso craque Carlinhos ainda concorre como o melhor jogador do torneio, apesar de estarmos fora da final.A Rússia derrotou a Escócia - atual campeã - na semifinal e enfrenta o Afeganistão, que venceu Gana, na grande final, repetindo a decisão de 2006, quando a Rússia venceu por 1x0 e levou o titulo.
Dentre as atividade extra-campo, vale mencionar a articulação entre os países latino americanos (Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Colômbia e México) para a criação de um movimento regional e as articulações para que a Homeless World Cup 2010 seja realizada no Brasil, em nova "disputa" com Argentina e Chile.Seguramente a ótima performance deste ano é resultado do lançamento do projeto Futebol Social e ao trabalho realizado junto aos nossos parceiros na preparação (Nike, Corinthians, Anhembi-Morumbi, entre outros).
Agradecemos também a todas as entidades envolvidas nas seletivas e aos voluntários que tanto se dedicaram para que tudo isto fosse possível.Em breve, lançaremos a agenda para 2009 e contamos novamente com o apoio de todos.
A equipe chega em Guarulhos às 16h55 desta segunda-feira em vôo a partir de Buenos Aires (BA0246 - Terminal 1).
Apesar da tristeza enorme de ter perdido para um time inferior tecnicamente e aquele sentimento de que dava para ir adiante, a equipe assimilou a derrota e ergueu a cabeça, sabendo que cumpriu muito bem seu papel chegando às finais pela primeira vez desde 2003, que trouxe alegria à Austrália e que trará muita coisa boa ne volta ao Brasil.
Hoje, disputamos a última partida contra a Ucrânia e o nosso craque Carlinhos ainda concorre como o melhor jogador do torneio, apesar de estarmos fora da final.A Rússia derrotou a Escócia - atual campeã - na semifinal e enfrenta o Afeganistão, que venceu Gana, na grande final, repetindo a decisão de 2006, quando a Rússia venceu por 1x0 e levou o titulo.
Dentre as atividade extra-campo, vale mencionar a articulação entre os países latino americanos (Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Colômbia e México) para a criação de um movimento regional e as articulações para que a Homeless World Cup 2010 seja realizada no Brasil, em nova "disputa" com Argentina e Chile.Seguramente a ótima performance deste ano é resultado do lançamento do projeto Futebol Social e ao trabalho realizado junto aos nossos parceiros na preparação (Nike, Corinthians, Anhembi-Morumbi, entre outros).
Agradecemos também a todas as entidades envolvidas nas seletivas e aos voluntários que tanto se dedicaram para que tudo isto fosse possível.Em breve, lançaremos a agenda para 2009 e contamos novamente com o apoio de todos.
A equipe chega em Guarulhos às 16h55 desta segunda-feira em vôo a partir de Buenos Aires (BA0246 - Terminal 1).
sábado, 6 de dezembro de 2008
Estamos nas Finais!
Após um jogo vibrante e extremamente disputado, nossa seleção venceu Portugal por 2x1 e garantiu a classificação às finais. O jogo foi apontado por muitos como um dos melhores já disputados no torneio e seguramente o melhor desempenho do Brasil. A vitória por 9x0 sobre a Hungria fechou a excelente performance do time: 10 jogos, 9 vitórias, 86 gols marcados e 22 sofridos, com saldo de 64 gols.Os oitos classificados são: Brasil, Ucrânia, Inglaterra, Afeganistão, Rússia, Quênia, Escócia e Gana.Enfrentaremos a Rússia nas quartas de final às 14:30 deste sábado. Acompanhe pelo site http://www.homelessworldcup.org/
As finais ocorrem no domingo.A equipe chega em Guarulhos às 16h55 de segunda-feira em vôo a partir de Buenos Aires (BA0246 – Terminal).
As finais ocorrem no domingo.A equipe chega em Guarulhos às 16h55 de segunda-feira em vôo a partir de Buenos Aires (BA0246 – Terminal).
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Calor Geral
Manhã de sexta-feira e, após dias frios, o calor chegou forte em Melbourne. Enquanto nossos craques descansam para os confrontos desta contarei mais um pouco da nossa temporada aqui na Austrália.
A quinta-feira foi bem positiva: 3 jogos e 9 pontos! 11x0 em Hong Kong, 8x3 na Noruega e 10x4 no Kenia. Logo mais o grande clássico contra a forte equipe de Portugal que pode antecipar nossa classificação às quartas de final. E no fim da tarde, enfrentamos a Hungria.
Dentre os muitos destaques do evento, vale mencionar a presença do árbitro dinamarquês Kim Nielsen, célebre pela expulsão de David Beckham na Copa de 1998 durante a partida entre Argentina e Inglaterra. Ele apitou, também, outros jogos históricos como a semifinal entre Brasil e Turquia em 2002 e a final da Copa dos Campeões, em 2004, entre Porto e Monaco. Participação como essa mostra a seriedade e profissionalismo do evento.
É importante registrar que a postura de nossos garotos tem sido destaque tanto dentro quanto fora de campo com muito fair play e um sorriso presente no rosto.
Hoje, acontecem as últimas partidas classificatórias, e no sábado e domingo as finais.
A quinta-feira foi bem positiva: 3 jogos e 9 pontos! 11x0 em Hong Kong, 8x3 na Noruega e 10x4 no Kenia. Logo mais o grande clássico contra a forte equipe de Portugal que pode antecipar nossa classificação às quartas de final. E no fim da tarde, enfrentamos a Hungria.
Dentre os muitos destaques do evento, vale mencionar a presença do árbitro dinamarquês Kim Nielsen, célebre pela expulsão de David Beckham na Copa de 1998 durante a partida entre Argentina e Inglaterra. Ele apitou, também, outros jogos históricos como a semifinal entre Brasil e Turquia em 2002 e a final da Copa dos Campeões, em 2004, entre Porto e Monaco. Participação como essa mostra a seriedade e profissionalismo do evento.
É importante registrar que a postura de nossos garotos tem sido destaque tanto dentro quanto fora de campo com muito fair play e um sorriso presente no rosto.
Hoje, acontecem as últimas partidas classificatórias, e no sábado e domingo as finais.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Compartilhando Emoções
Finalmente após alguns dias, consegui um momento para relatar mais uma Copa do Mundo de Futebol de Rua. Após mais de 30 horas entre vôos e aeroportos - potencializados pelo fuso de 13 horas -, chegamos a Melbourne na madrugada de segunda-feira (1).
Iniciamos os jogos na terça-feira e, após uma estréia nervosa, na qual perdemos de 6x4 para os ucranianos, a equipe se recuperou e se classificou com tranqüilidade para a 2º fase com 4 vitórias; com destaque ao confronto com os hermanos: 15x3! Vale ressaltar também outros resultados: 11x1 (Malawi), 8x3 (Timor-Leste) e 8x1 (Lituania).
Agora, estamos entre os 24 melhores dos 46 que iniciaram a competição e disputaremos cinco novas partidas para buscar vaga na disputa da Copa do Mundo para a qual se classificam os dois melhores de cada um dos quatro grupos de seis equipes que foram formados após a primeira fase. Hoje, enfrentamos Hong Kong, Noruega e Kenya. Amanhã, sexta-feira, Portugal e Hungria.
A seleção brasileira tem feito todo o sucesso que a camisa amarela naturalmente promove nos campos mundo afora e retribui satisfatoriamente, com habilidade, alegria e simpatia. A receptividade é muito boa e a organização dos australianos surpreende: boa acomodação, boa comida, opções de entretenimento e lazer. O público acompanha em massa e muitos brasileiros têm aparecido para prestigiar nossos garotos.
A partir de agora o nível dos adversários é muito alto, mas temos condições de avançar. Contamos com a sua torcida. Acompanhe os resultados no site: http://www.homelessworldcup.org/.
Ah! A Michele, que jogou conosco na Dinamarca, em 2007, e foi eleita a melhor jogadora do torneio, é freqüentemente lembrada por técnicos, árbitros e dirigentes. Tornou-se um símbolo do evento! Mais uma prova de que os brasileiros tornam-se inesquecíveis quando realizam um bom “trabalho”.
Iniciamos os jogos na terça-feira e, após uma estréia nervosa, na qual perdemos de 6x4 para os ucranianos, a equipe se recuperou e se classificou com tranqüilidade para a 2º fase com 4 vitórias; com destaque ao confronto com os hermanos: 15x3! Vale ressaltar também outros resultados: 11x1 (Malawi), 8x3 (Timor-Leste) e 8x1 (Lituania).
Agora, estamos entre os 24 melhores dos 46 que iniciaram a competição e disputaremos cinco novas partidas para buscar vaga na disputa da Copa do Mundo para a qual se classificam os dois melhores de cada um dos quatro grupos de seis equipes que foram formados após a primeira fase. Hoje, enfrentamos Hong Kong, Noruega e Kenya. Amanhã, sexta-feira, Portugal e Hungria.
A seleção brasileira tem feito todo o sucesso que a camisa amarela naturalmente promove nos campos mundo afora e retribui satisfatoriamente, com habilidade, alegria e simpatia. A receptividade é muito boa e a organização dos australianos surpreende: boa acomodação, boa comida, opções de entretenimento e lazer. O público acompanha em massa e muitos brasileiros têm aparecido para prestigiar nossos garotos.
A partir de agora o nível dos adversários é muito alto, mas temos condições de avançar. Contamos com a sua torcida. Acompanhe os resultados no site: http://www.homelessworldcup.org/.
Ah! A Michele, que jogou conosco na Dinamarca, em 2007, e foi eleita a melhor jogadora do torneio, é freqüentemente lembrada por técnicos, árbitros e dirigentes. Tornou-se um símbolo do evento! Mais uma prova de que os brasileiros tornam-se inesquecíveis quando realizam um bom “trabalho”.
sábado, 22 de novembro de 2008
Timão e Nike apóiam Seleção Brasileira dos Sem-Teto
Torneio em São Roque faz seletiva para o Homeless World Cup,
que ocorrerá em dezembro, na Austrália
São Paulo (SP) - A Organização Civil de Ação Social (OCAS), responsável pela revista OCAS, produzida e distribuida pela população de rua em grandes capitais, com apoio da Nike, recrutou adolescentes e jovens participantes de projetos sociais em sete entidades para disputar um torneio de futebol em São Roque, em 23 e 24 de agosto desse ano, com o objetivo de selecionar os representantes do Brasil para a Copa do Mundo dos Sem-Teto (Homeless Word Cup), que ocorrerá em dezembro na Austrália.
A Copa do Mundo de Futebol de Rua é um evento apoiado pela NIKE e que já faz parte da agenda mundial há cinco anos e conta com apoio da Union of European Football Associations - Uefa (União das Associações Européias de Futebol), da International Network of Street Papers - INSP (Rede Internacional de Publicações de Rua) e também dos órgãos oficiais da cidade e do país que acolhem sua realização.
O objetivo da Copa vai além de promover o futebol, pois os participantes e organizadores buscam reunir as pessoas para promover discussões sobre exclusão social e formas de se combater a situação de pobreza, divulgar as publicações de rua e disseminar a paz em todo o mundo.
E foi com o espírito de ser um veículo de divulgação desses objetivos no Brasil e também por acreditar no Futebol Social como um veículo transformador, que contribui para a inclusão dos jovens na sociedade de forma saudável, que a OCAS assumiu a responsabilidade de selecionar e organizar o time brasileiro que participará da Copa.
O técnico, Flávio Fernandes Rodrigues, conhecido como Pupo, teve trabalho na escolha dos melhores atletas para formar a seleção brasileira, pois, segundo ele “o nível das equipes estava equilibrado”. A qualidade das jogadas das equipes demonstrou que as entidades sociais estão preocupadas em colaborar também com uma possível qualificação profissional, além de buscar, por meio do ensino da arte do futebol, uma forma de cooperar com a formação sócio-cultural do indivíduo.
Todos os equipamentos para treinamento utilizados pelo time brasileiro foram doados pela Nike, assim como os uniformes que a seleção usará em Melbourne, representando o país na Australia.
Os selecionados foram: Adeilton Bruno Melo da Silva (17), Lucas de Sousa Teixeira (18) e Uanderson Alves de Jesus (19), da Associação Atlética Artmanha Heliópolis; Rodrigo Rocha Santos (20), da Associação Comunitária Cultural e Educacional e Esportiva Renato 11 e Amigos (Paraisópolis); Denis Rodrigues Strutz (18) e Eduardo Buglia Silva (17), do Centro de Treinamento Molecaje (Jaguaré); Diego Emanuel Rodrigues Alves (17), Carlos Magno Santos (17), Anderson de França Pierre (17), Roberto de Souza Silva (18) e Ricardo Miom (17), da Sociedade de Melhoramentos do Bairro da Vila Nova - Somevila (Santos) e Willian Evangelista, do Projeto de Futebol da Prefeitura da Estância Turística de São Roque (SP).
Ao final do torneio, Guilherme Araújo, presidente da OCAS, anunciou: “neste ano a seleção brasileira contará com o apoio do Sport Club Corinthians Paulista”.
Dos 12 jovens selecionados, apenas nove seguiram treinando com afinco até o dia 12 de outubro, quando mais um teve que ser eliminado.
A Copa do Mundo de Futebol de Rua é um evento apoiado pela NIKE e que já faz parte da agenda mundial há cinco anos e conta com apoio da Union of European Football Associations - Uefa (União das Associações Européias de Futebol), da International Network of Street Papers - INSP (Rede Internacional de Publicações de Rua) e também dos órgãos oficiais da cidade e do país que acolhem sua realização.
O objetivo da Copa vai além de promover o futebol, pois os participantes e organizadores buscam reunir as pessoas para promover discussões sobre exclusão social e formas de se combater a situação de pobreza, divulgar as publicações de rua e disseminar a paz em todo o mundo.
E foi com o espírito de ser um veículo de divulgação desses objetivos no Brasil e também por acreditar no Futebol Social como um veículo transformador, que contribui para a inclusão dos jovens na sociedade de forma saudável, que a OCAS assumiu a responsabilidade de selecionar e organizar o time brasileiro que participará da Copa.
O técnico, Flávio Fernandes Rodrigues, conhecido como Pupo, teve trabalho na escolha dos melhores atletas para formar a seleção brasileira, pois, segundo ele “o nível das equipes estava equilibrado”. A qualidade das jogadas das equipes demonstrou que as entidades sociais estão preocupadas em colaborar também com uma possível qualificação profissional, além de buscar, por meio do ensino da arte do futebol, uma forma de cooperar com a formação sócio-cultural do indivíduo.
Todos os equipamentos para treinamento utilizados pelo time brasileiro foram doados pela Nike, assim como os uniformes que a seleção usará em Melbourne, representando o país na Australia.
Os selecionados foram: Adeilton Bruno Melo da Silva (17), Lucas de Sousa Teixeira (18) e Uanderson Alves de Jesus (19), da Associação Atlética Artmanha Heliópolis; Rodrigo Rocha Santos (20), da Associação Comunitária Cultural e Educacional e Esportiva Renato 11 e Amigos (Paraisópolis); Denis Rodrigues Strutz (18) e Eduardo Buglia Silva (17), do Centro de Treinamento Molecaje (Jaguaré); Diego Emanuel Rodrigues Alves (17), Carlos Magno Santos (17), Anderson de França Pierre (17), Roberto de Souza Silva (18) e Ricardo Miom (17), da Sociedade de Melhoramentos do Bairro da Vila Nova - Somevila (Santos) e Willian Evangelista, do Projeto de Futebol da Prefeitura da Estância Turística de São Roque (SP).
Ao final do torneio, Guilherme Araújo, presidente da OCAS, anunciou: “neste ano a seleção brasileira contará com o apoio do Sport Club Corinthians Paulista”.
Dos 12 jovens selecionados, apenas nove seguiram treinando com afinco até o dia 12 de outubro, quando mais um teve que ser eliminado.
Soccer System
Giro Brasil - Matérias Especiais
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Vereador homenageia técnico da Seleção Brasileira
Nesta semana, o Vereador Alacir Raysel entregou Moção de Congratulações ao Sr. Flávio Fernandes Rodrigues, o popular Pupo, pelo brilhante trabalho realizado com a Seleção Brasileira de Futebol de Rua. "À frente desta Seleção, Pupo, vem batalhando dia a dia enchendo nossa cidade de orgulho de possuir um filho de tanto sucesso. Iniciado em 2004, este projeto objetivou integrar moradores de rua e jovens vivendo em condições de risco social através da prática do futebol, fornecendo a esses a oportunidade de treinar e vestir a camisa canarinho, representando a nossa Pátria na Homeless World Cup, Torneio de dimensão mundial que reúne seleções do todos os continentes. Com o apoio da Revista Ocas, a Seleção já competiu em quatro copas mundiais. Este ano o torneio será realizado mês que vem na Austrália. Pupo não mede esforços, e numa rotina de trabalho e muita determinação, leva o nome do nosso município para todo o mundo, estampando em seu sorriso o orgulho de ser da Terra do Vinho. Diversas dificuldades se apresentaram no decorrer dessa empreitada. A falta de tempo para a devida preparação, a ausência de infra-estrutura adequada e, acima de tudo, o preconceito da sociedade. Para muitos o morador de rua é apenas um ser que perambula pelas cidades, aonde infelizmente sua existência é muitas vezes ameaçada por grupos de extermínio. Cabem a nós, homens de boa vontade, torcer pelo seu sucesso, como prova do poder de superação e do sentimento de solidariedade que faz parte do verdadeiro espírito humano. Com certeza este são-roquense ilustre comandará nosso esquadrão rumo ao título.", finaliza O Vereador.Apresentação:O Técnico e seus jogadores foram apresentados a imprensa e a torcida brasileira, no intervalo da partida Corinthians e Paraná realizada recentemente no Pacaembu. Aplaudidos pela Fiel torcida, partem agora mais motivados para esta disputa em Melbourne.
Jornal Atitude
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