Promotora da Copa do Mundo dos sem-teto, INSP (Associadas a Rede Internacional de Jornais de Rua (INSP) emprega moradores de rua como vendedores das publicações como a brasileira Ocas, que atuam em locais como estações de metrô ou na frente de museus, como o paulistano Masp
sob viaduto do metrô, no bairro do Brás, em São Paulo
Produzida de forma voluntária por jornalistas, advogados, administradores de empresa e outros profissionais preocupados com a questão social, as publicações de rua têm sido a saída para pessoas sem-teto do mundo inteiro conseguirem reverter situações que muitas vezes chegam à mendicância.Associadas a Rede Internacional de Jornais de Rua (INSP, na sigla em inglês), publicações como a Big Issue -que mantém edições na Inglaterra, Escócia, África do Sul, Japão e Namíbia-, a Cais (Portugal) e a brasileira Ocas empregam moradores de rua como vendedores, que atuam em locais como estações de metrô ou na frente de museus, como o paulistano Masp.Com tiragem média mensal de 8 mil exemplares, entre São Paulo -sede da ONG responsável pela revista- e o Rio de Janeiro, a Ocas emprega atualmente cerca de 50 moradores “em situação de rua” -termo utilizado para designar pessoas sem condições de manter um abrigo fixo. Na transição de sem-teto até um vendedor credenciado e uniformizado, a pessoa passa por um treinamento específico para lidar com o público e recebe 10 exemplares gratuitamente para começar a “tocar o negócio”. A partir daí, adquire cada revista por R$ 0,50 para vendê-la por R$ 2,00 e ficar com o lucro integral.A fórmula, mesmo que em escala reduzida em se tratando de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, vem dando certo. Dos oito “jogadores” que compõe a equipe brasileira que vai disputar a Copa do Mundo Homeless (morador de rua, em inglês) em Gotemburgo, a partir do próximo do dia 25, cinco já conseguiram trocar os albergues em que viviam por quartos alugados.Os benefícios, aliás, são globalizados. Desde o Mundial do ano passado, realizado em Graz, na Áustria, por exemplo, 31 dos 141 “jogadores” que participaram da competição já arrumaram empregos regulares, 12 foram contratados por equipes profissionais -atletas ou treinadores- e 49 tiveram mudança significativa em suas rotinas.“Desde que entrei para a Ocas, passei a ter meu dinheiro para o ônibus, para o café, para comprar livros para estudar e para fazer minha matrícula em concursos públicos”, afirma Celso Pereira, 45 anos, ex-técnico em telecomunicações que tenta batalha contra o alcoolismo e que ficou na lista de espera para uma vaga no Ministério Público Estadual.
Danilo Valentini
UOL Esporte - Especial
Um comentário:
Opa!
Eu participo de uma revista de rua também, é a revista menisquencia. Eu quero participar desses campeonatos também. Nós estamos fazendo o time.
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