quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Revistas de rua formam seleções de futebol de rua

Promotora da Copa do Mundo dos sem-teto, INSP (Associadas a Rede Internacional de Jornais de Rua (INSP) emprega moradores de rua como vendedores das publicações como a brasileira Ocas, que atuam em locais como estações de metrô ou na frente de museus, como o paulistano Masp


Pupo (dir.) orienta treino do time da Ocas
sob viaduto do metrô, no bairro do Brás, em São Paulo


Produzida de forma voluntária por jornalistas, advogados, administradores de empresa e outros profissionais preocupados com a questão social, as publicações de rua têm sido a saída para pessoas sem-teto do mundo inteiro conseguirem reverter situações que muitas vezes chegam à mendicância.Associadas a Rede Internacional de Jornais de Rua (INSP, na sigla em inglês), publicações como a Big Issue -que mantém edições na Inglaterra, Escócia, África do Sul, Japão e Namíbia-, a Cais (Portugal) e a brasileira Ocas empregam moradores de rua como vendedores, que atuam em locais como estações de metrô ou na frente de museus, como o paulistano Masp.Com tiragem média mensal de 8 mil exemplares, entre São Paulo -sede da ONG responsável pela revista- e o Rio de Janeiro, a Ocas emprega atualmente cerca de 50 moradores “em situação de rua” -termo utilizado para designar pessoas sem condições de manter um abrigo fixo. Na transição de sem-teto até um vendedor credenciado e uniformizado, a pessoa passa por um treinamento específico para lidar com o público e recebe 10 exemplares gratuitamente para começar a “tocar o negócio”. A partir daí, adquire cada revista por R$ 0,50 para vendê-la por R$ 2,00 e ficar com o lucro integral.A fórmula, mesmo que em escala reduzida em se tratando de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, vem dando certo. Dos oito “jogadores” que compõe a equipe brasileira que vai disputar a Copa do Mundo Homeless (morador de rua, em inglês) em Gotemburgo, a partir do próximo do dia 25, cinco já conseguiram trocar os albergues em que viviam por quartos alugados.Os benefícios, aliás, são globalizados. Desde o Mundial do ano passado, realizado em Graz, na Áustria, por exemplo, 31 dos 141 “jogadores” que participaram da competição já arrumaram empregos regulares, 12 foram contratados por equipes profissionais -atletas ou treinadores- e 49 tiveram mudança significativa em suas rotinas.“Desde que entrei para a Ocas, passei a ter meu dinheiro para o ônibus, para o café, para comprar livros para estudar e para fazer minha matrícula em concursos públicos”, afirma Celso Pereira, 45 anos, ex-técnico em telecomunicações que tenta batalha contra o alcoolismo e que ficou na lista de espera para uma vaga no Ministério Público Estadual.

Danilo Valentini
UOL Esporte - Especial

Um comentário:

Anônimo disse...

Opa!
Eu participo de uma revista de rua também, é a revista menisquencia. Eu quero participar desses campeonatos também. Nós estamos fazendo o time.
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